3 Homens, puxando uma carroça cheia de melões, coberta por uma lona, saíram de Yamato (Antiga capital do Japão) e seguiram em direção a Heian-kyo nova capital.
No meio do caminho, ao norte de Uji, os 3 trabalhadores, exaustos e sedentos, resolveram dar uma paradinha para um bom descanso sob a sombra de um pé de caqui e para comer um melão. Neste exato momento, passou pela estrada um velho que seguia amparado em seu cajado. Ao ver os homens comendo com tanto gosto, parou em frente deles e pediu:
No meio do caminho, ao norte de Uji, os 3 trabalhadores, exaustos e sedentos, resolveram dar uma paradinha para um bom descanso sob a sombra de um pé de caqui e para comer um melão. Neste exato momento, passou pela estrada um velho que seguia amparado em seu cajado. Ao ver os homens comendo com tanto gosto, parou em frente deles e pediu:
- Sumimasen, senhores. Estou com uma fome danada, será que não poderiam me dar uma fatia desse melão ?
- Não podemos, velho, que a carga dessa carroça é uma encomenda do palácio imperial e não podemos desfalcá-la, respondeu um dos homens pingando o suco da fruta pelos cotovelos e barbas.
- Por favor, me deem ao menos uma fatia.
- Vá Plantar teuis próprios melões, velho chato. - Respondeu, sem paciência o segundo deles, falando de boca cheia - Ótimo ! Vou plantar então, respondeu o velho com um sorriso tranquilo e assim falando começou a fazer o desenho de um canteiro com o cajado bem em frente aos três homens.
- Isso, plante, que daqui há alguns meses, se as sementes vingarem, poderá poderá provar um melão carnudo como este meu, disse o terceiro homem e os 3 começaram a gargalhar com o mesmo gosto que comiam.
- Mas é provavel que até la o senhor ja tenha morrido de sede, antes dos melões apontarem os brotinhos!
O Ancião, sem se importar com o escárnio dos vendedores, quando acabou de fazer o desenho do canteiro, juntou as sementes que os homens haviam espalhado pelo chão e as plantou no canteiro improvisado.
O riso morreu quando perceberam que as sementes recem plantadas começavam a brotar a olhos visto. As folhas foram se abrindoe os talos cresciam sem parar. Em segundos, as flores se abriram e os frutos nasceram, cresceram e logo os melões estavam maduros e espalhados em volta deles, prontos para serem colhidos
Em menos de 10 minutos o velho já estava colhendo grandes melões maduros e de um maravilhoso cheiro.
- Eis os melões maduros e no ponto para comer, disse o velho estalando os dedos num deles e depois rachando-o no meio com uma pedra.
Os homens, boquiabertos, nem tiveram tempo para raciocinar sobre o que estava acontecendo e o velho ja distribuia melão para todos, com uma larga generosidade e fartura !
- Esperamos que entenda o entenda o porquê de não termos dado um melão para matar sua sede, desculpavam-se os 3 homens por sua avareza
- Eu entendo perfeitamente, o que passou, passou.
Fartaram-se de comer e então o velho peregrino disse: - Bem meus amigos, ja matei minha sede agora é seguir meu caminho - assim prosseguiu e desapareceu nas curvas empoeiradas.
- Bem vamos la também.
Quando se puseram a puxar a carroça perceberam que estava leve de mais para uma carroça cheia de melões.
- Ou ficamos muito fortes, ou..., disse um deles tirando a lona da carroça
Todos os melões haviam sumido !
- Velho trapasseiro, nos deu um golpe !
- Ele era um maldito sennin e fomos vítimas de um truque ilusionista.
- O desgraçado se lambeu de tanto comer e fez com que nós distribuissemos os nossos própios melões.
Assim, Retornaram os 3 vendedores sobre os próprios passos para Yamato, para recarregar a carroça e se explicar com o dono dos melões, que se não era o Imperador, como haviam tentado tapear o Velho Tapeador, não era por isso menos autoritário e imperativo !
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